quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cavaleiro ou Amazona.

Cavaleiro ou Amazona



Cavaleiro é aquele que anda a cavalo; as mulheres são chamadas amazonas.
Armaduras no Museu de Arte Metropolitano, Nova Iorque.
Jovem sendo elevado à dignidade de cavaleiro (Edmund Blair Leighton).

Cavaleiro é também um título nobiliárquico dado aos fidalgos vassalos do rei que, juntamente com os homens de armas que os senhores das terras eram obrigados a apresentar como lanças, os escudeiros e cavaleiros nobres, os cavaleiros das ordens religiosas e dos concelhos (também conhecidos por cavaleiros-vilãos) constituíam a Cavalaria.
Índice


* 1 História
* 2 Etimologia
* 3 Cavaleiros nas etapas da história
* 4 O Cavaleiros e o Feudalismo
* 5 Armamento usualmente utilizado pelo cavaleiro
* 6 O Cavaleiro e as Ordens monásticas
* 7 Ordens de Cavalaria
* 8 Reis cavaleiros
* 9 Século VI
* 10 Século IX
* 11 Século XI
* 12 Século XII
* 13 Século XIII
* 14 Século XIV
* 15 Século XVI
* 16 Tauromaquia
* 17 Ver também
* 18 Referências

História
Um Cavaleiro numa encruzilhada dos caminhos, por Viktor Vasnetsov .

A palavra cavaleiro no seu sentido mais básico traduz-se por um homem que anda a cavalo, este termo, no entanto tem uma enorme riqueza em termos de significados e conotações, pois o facto de andar de cavalo na idade média não se destinava apenas a proceder ao transporte, mas a ser utilizado em guerras ou como demonstração de mestria, riqueza e poder. A sua evolução ao longo da história foi-se alterando progressivamente passando do quase mágico e mítico cavaleiro medieval ao mais comum uso do transporte.

Na Idade Média, com a instituição da cavalaria o cavaleiro ficou intimamente ligado a um código de conduta e honra, que definia não só a arte da guerra, mas também envolvendo o comportamento social.

Para os povos da Ásia Central, foi o modo de vida das tribos nómadas permitindo-lhe o seu deslocamento das planícies da Mongólia até às fronteiras da Europa central, como foi o caso dos Hunos e dos exércitos de Gengis Khan.

Estes povos tinham uma relação muito íntima como seu cavalo chegando o animal a ser enterrado conjuntamente como o seu cavaleiro como acontecia com algumas tribos hititas, para o seu uso após a morte, no mundo do além.

Para estas tribos nómadas a relação homem e cavalo era de tal modo estreita que além de meio de transporte, símbolo mágico, uso em jogos era por vezes e em caso de extrema necessidade usado como fonte de alimento.
Dois Cavaleiros em duelo, museu do Louvre.

Era atribuído ao cavalo um poder mágico chegando este animal a ser usado em rituais sagrados. Com os romanos e gregos o homem cavaleiro adquiriu um prestígio social e económico de grande monta, principalmente devido ao facto de ser muito caro andar, ter e manter um cavalo.

O uso do cavaleiro no campo militar aplicado na cavalaria foi na Idade Média uma instituição militar utilizada pelo rei no combate, tanto no ataque como na defesa. Foi abandonado o uso do cavalo apenas como meio de tracção para puxar um carro ou uma carruagem de ataque e passou a ser usado pelo cavaleiro facto que lhe deu mais liberdade de movimentos.

Dada a necessidade de protecção do cavaleiro foi inventada a armadura, que a partir daqui evoluiu nos seus vários estilos e deu origem à cavalaria pesada, que foi uma das mais poderosas armas das guerras medievais.
A divisão medieval dos três municípios: o clero, os cavaleiros e os trabalhadores.

Foi a cavalaria usada pelos povos Grego e pelo Exército Macedónio, que, permitiu conquistar o Império Persa por Alexandre, o Grande.
Etimologia

Em latim é chamado caballus aos cavalos que eram utilizados especialmente para o trabalho e o termo Equus para o os cavalos que preferentemente eram utilizados na guerra.
Cavaleiros nas etapas da história

* Cavaleiro Savarano: Foram a força militar principal do exército do Império Sassânida.
* Cavaleiro do Império Romano: Denominados por Equites, davam forma à Ordem Equestre Romana (ordo equester) que se formava na mais baixa das duas classes aristocráticas da Roma antiga, estando abaixo da Ordem Senatorial (ordo senatorius).
* Cavaleiro Coberto ou Caballero: Tem origem na nobreza de Espanha.
* Cavaleiro de qualquer Ordem: Com origem nas Ordens Religiosas, Ordens Militares como os Templários, entre outros.
* Pessoa que se comporta de forma nobre: é um “cavalheiro"
* Cavaleiro andante, expressão vulgar dos livros de cavalaria, ser repleto de nostalgias e sonhos que buscava continuamente e de quem Don Quijote de la Mancha, é um exemplo típico.
* Cavaleiro de Praça: Toureiro.
* Cavaleiro é também um das peças de xadrez que hoje é geralmente representado por um cavalo, Muitas vezes, em pé sobre as patas traseiras. Isso ocorre porque, na tradição do jogo (que teve muitas variações e modificações até a xadrez moderno. As peças representavam guerreiros e, em vez do cavalo actual, muitas vezes representava a figura de um guerreiro sentado num cavalo de sela.

O Cavaleiros e o Feudalismo
Representação de um dos maiores eventos da história Europa: A Batalha dos Grunwald / Tannenberg (Polónia).

Os cavaleiros feudais eram guerreiros que se deslocam a cavalo em proveito próprio ou ao serviço do rei ou outro senhor feudal, faziam-no com o objectivo de defesa dos territórios e em paga de terras (Tenência) recebidas do rei ou de outros senhor feudal. Também podiam receber um soldo, caso não fossem pagos em terras como eram os casos das tropas mercenárias.

O cavaleiro feudal tinha quase sempre origem na nobreza, que tendo servido ao rei ou a outro grande senhor feudal como pajem ou escudeiro eram depois durante uma importante cerimónia de investidura elevados à categoria de cavaleiro.

Durante essa cerimónia o candidato a cavaleiro prestava juramento comprometendo-se a ser sempre corajoso, leal, cortês, e proteger os indefesos.

Nos finais do Século XV o título de Cavaleiro foi concedido aos civis como homenagem ou recompensa por serviços públicos e privados. Este título é reconhecido em vários países sendo a sua atribuição uma honra conferida geralmente pelo monarca. Tanto homens como mulheres, foram ao longo dos tempos e em reconhecimento de notável mérito pessoal, condecorados com o título de cavaleiro. O título Sir usado como prefixo ao nome é usado após as iniciais da ordem de cavalaria.
[editar] Armamento usualmente utilizado pelo cavaleiro
Cavaleiro medieval em competição.

* Espada Montante ou também Espada Bastarda: Era uma espada de grande dimensão, utilizada para combater a cavalo. Devia ter a força necessária para derrubar o adversário e no entanto dar ao seu utilizador a mobilidade necessária para o combate corpo a corpo.
* Móca: Era uma peça de ferro pesada com picos aguçados na ponta destinada a bater e quebrar o crânio do adversário a que os espanhóis dão o curioso nome de Lucero del alba (arma) (Luzeiro da alvorada).
* Besta: Poderosa arma de disparar flechas que mesmo com o cavalo a galope tinham um efeito devastador no adversário. O Papa Inocêncio II, chegou mesmo proibi-lo por ser demasiado “maligno”.
* Alabarda: É uma arma composta por uma longa haste rematada por uma peça pontiaguda, de ferro, que por sua vez é atravessada por uma lâmina em forma de meia-lua (similar à de um machado). É considerada a arma de infantaria mais eficaz contra invasores em fortificações e castelos.
* Armadura: É uma vestimenta utilizada para protecção pessoal, originalmente de metal, usada por soldados, guerreiros e cavaleiros como uma forma de protecção às armas brancas durante uma batalha.

O Cavaleiro e as Ordens monásticas
Símblo da Ordem de Avis.

* Cavaleiros da Ordem Soberana e Militar de Malta;
* Cavaleiros da Ordem de São Lázaro;
* Cavaleiros da Ordem dos Templários;
* Cavaleiros da Ordem dos cavaleiros teutônicos de Santa Maria de Jerusalém;
* Cavaleiros da Ordem de Avis;
* Cavaleiros da Ordem de Alcântara;
* Cavaleiros da Ordem de Calatrava;
* Cavaleiros da Ordem de Santiago;

Ordens de Cavalaria
Cruz da Ordem Equestre e Militar de São Miguel da Ala.
Selo dos Cavaleiros Templários.

* Ordem do Infante D. Henrique, Ordem honorífica Portuguesa que visa distinguir a prestação de serviços relevantes a Portugal, no País ou no estrangeiro ou serviços na expansão da cultura portuguesa, sua História e seus valores.
* Ordem Equestre e Militar de São Miguel da Ala, fundada por D. Afonso Henriques de Portugal depois da tomada de Santarém aos muçulmanos, em 1147.
* Ordem de São Jorge, Russia.
* Ordem de São Jorge, fundada pelo rei Carlos I da Hungria;
* Ordem da Jarreteira, fundada pelo rei Eduardo III de Inglaterra;
* Ordem do Dragão, fundada pelo rei Sigismundo, Sacro Imperador Romano-Germânico;
* Ordem do Tosão de Ouro, fundada por Filipe III, Duque de Borgonha;
* Ordem de São Miguel, fundada pelo rei Luís XI de França;
* A Mais Antiga e Mais Venerável Ordem do Cardo-selvagem, fundada pelo rei Jaime II de Inglaterra;
* Ordem do Elefante, fundada pelo rei Cristiano I da Dinamarca, Noruega e Suécia;
* A Mui Honorável Ordem do Banho (formalmente A Mui Honorável Ordem Militar do Banho), fundada pelo rei Jorge I da Grã-Bretanha.
* Ordem da Anunciação ou Ordem Suprema da Santíssima Anunciação, é a mais alta honraria da Casa de Sabóia.
* Ordem do Arminho, fundada por João V da Bretanha;
* Ordem de Santo Estêvão, fundada por Cosmo I, Grão-Duque da Toscana.
* Ordem dos Cavaleiros do Espírito Santo, fundada por Henrique III de França;
* Ordem militar do Sangue de Cristo, fundada por Vincenzo I Gonzaga;
* Ordem de São José, fundada por Fernando III, Grã Duque da Tuscania;
* Ordem do Principe Danilo I do Montenegro, fundada por Danilo I do Montenegro;
* Ordem de São Pedro de Cetinje, fundado por Nicolas I do Montenegro;
* Real Ordem de São Jorge Para a Defesa da Imaculada Conceição, fundada por Maximilian II Emanuel da Bavaria;
* Ordem da Coroa da Roménia, fundada por Carlos I da Roménia;
* Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jaques DeMolay, fundada pela Ordem DeMolay.

Reis cavaleiros

Ao longo dos séculos XI, XII, XIII e XIV, no período heróico da cavalaria, um dos factores mais importantes para a cavalaria foi o surgir dos reis cavaleiros. Estes reis que abraçaram os ideais da cavalaria, tanto os ideais militares como os ideias míticos do Cavaleiro andante, vieram trazer novos valores com a elevação da honra, da religiosidade cristã, da coragem e da justiça.

Nesta fase da história do homem cavaleiro nasce o cavaleiro mítico que seria lembrado como um figura mítica e idealizada, conduzindo inevitavelmente estados medievais. A sua imagem foi usada para instigar o moral e motivação para os gentios, que por vias disso se mantinham fiéis aos princípios do Cristianismo. Entre as personalidades mais conhecidas são do Cavaleiro medieval encontram-se:
[editar] Século VI

* O Rei Artur: Rei inglês mítico que está definido no século VI. Na literatura, ele seria o fundador da cavalaria medieval inglesa e um dos seus mais belos símblos.

Século IX

* Carlos Magno (742 - 814). Rei dos Francos e cavalheiro.
* Arnulfo da Caríntia (850 - 899). Rei da Leste da França e cavalheiro.

Século XI

* Ladislau I da Hungria (1046 - 1096), Rei e santo da Hungria.

Século XII

* Roberto II de Normandía (1051 - 1134), Duque da Normandia e cavalheiro das Cruzadas.
* Luís VII de França (1120 - 1180), Rei da França e cavalheiro das Cruzadas,
* Frederico Barbarossa (1123 -1190), Sacro Império Romano-Germânico, Cavaleiro das Cruzadas.
* Géza II da Hungria (1130 - 1162). Rei da Hungria e cavalheiro.
* Bela III da Hungria (1148 - 1196), Rei da Hungria e cavalheiro.
* Ricardo I de Inglaterra (Ricardo I de Lionheart) (1157 - 1199). Rei de Inglaterra e cavalheiro das Cruzadas.
* Afonso VIII de Castela (1158 - 1214). Rei da Castela e cavalheiro.
* Filipe II de França (1165 - 1223), Rei da França e cavalheiro das Cruzadas.

Século XIII

* Pedro II de Aragão (1178 - 1213), Rei de Aragão e cavalheiro.
* João I de Brienne (1170 - 1237), Rei de Jerusalém e cavalheiro.
* André II da Hungria (1176 - 1235), Rei da Hungria e cavalheiro das cruzadas.
* Fernando III de Leão e Castela (1198 - 1252), Rei de Castela e Leão, Cavaleiro medieval.
* Luís IX de França (1214 - 1270), Rei da França e cavalheiro das Cruzadas.

Século XIV

* João I da Boémia (1296 - 1346), Rei da Boémia e cavalheiro.
* Eduardo III de Inglaterra (1312 - 1377). Rei de Inglaterra e um dos mais famoso cavalheiro da Guerra dos Cem Anos.
* Luís I da Hungria, “o Grande” (1326 - 1382), Rei e Cavaleiro Hungria.
* João II de França (1319 - 1364), Rei da França e cavalheiro.
* Sigismundo, Sacro Imperador Romano-Germânico (1368 - 1437), Rei da Hungria e cavalheiro.

Século XVI

* Francisco I de França (1494 - 1547), Rei da França e cavalheiro.
* Carlos I de Espanha, (1500 - 1558), Rei da Espanha e do Sacro Imperio Romano Germánico.

Tauromaquia

Elemento artístico de comprovada tradição na corrida de touros, tal como se realiza em Portugal. Veste casaca de seda bordada a ouro ou prata, semelhante às usadas no reinado de Luís XV, colete de cetim bordado a fio de seda, bota alta e tricórnio emplumado. O cavaleiro tauromáquico profissional existe há já bastantes anos em Portugal, diferenciando-se entre si através do estilo, do valor, da concepção tauromáquica em que se formaram.

Historicamente pode atribuir-se aos fidalgos espanhóis o início da prática do toureiro equestre. O rei Filipe V de Espanha proibiu o então divertimento aos nobres da sua corte, vindo este gosto, pelo cavalo e pelo touro, a ser preferentemente praticado em Portugal. Uma vez implantado com todos os requisitos exigíveis e no sentido da lide do touro, as regras surgiram naturalmente, mantendo-se, no entanto, a exigência de uma perfeita equitação.


* Cavalaria medieval
* Investidura do Cavaleiro
* Sistema de honras britânico

Referências

* Bertényi, I. , Dioszegi, I. Horváth, J. , Kalmar, J. e P. Szabó (2004). Királyok könyve. Magyarország és Erdély királyai, királynői, fejedelmei és kormányzói. Budapeste, Hungria Helikon Kiadó.
* Tanner, J R., Previte-Orton, W. C, Brooke N. Z (1929) The Cambridge Medieval History, Volume VI: Vitória do papado. Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press
* Arnold, Benjamin. German Knighthood, 1050-1300. Oxford: Clarendon Press, 1985. ISBN 0198219601 LCCN 85-235009
* Bloch, Marc. Feudal Society, 2nd ed. Translated by Manyon. London: Routledge & Keagn Paul, 1965.
* Bluth, B. J. Marching with Sharpe. London: Collins, 2001. ISBN 0004145372
* Boulton, D'Arcy Jonathan Dacre. The Knights of the Crown: The Monarchical Orders of Knighthood in Later Medieval Europe, 1325-1520. 2d revised ed. Woodbridge, UK: Boydell Press, 2000. ISBN 0851154714
* Bull, Stephen. An Historical Guide to Arms and Armour. London: Studio Editions, 1991. ISBN 1851707239
* Carey, Brian Todd; Allfree, Joshua B; Cairns, John. Warfare in the Medieval World, UK: Pen & Sword Military, June 2006. ISBN 1844153398
* Edge, David; John Miles Paddock (1988) Arms & Armor of the Medieval Knight. Greenwich, CT: Bison Books Corp. ISBN 0517103192
* Edwards, J. C. "What Earthly Reason? The replacement of the longbow by handguns." Medieval History Magazine, Is. 7, March 2004.
* Ellul, Max J. The Green Eight Pointed Cross. Watermelon, 2004.
* Embleton, Gerry. Medieval Military Costume. UK: Crowood Press, 2001. ISBN 1861263716
* Forey, Alan John. The Military Orders: From the Twelfth to the Early Fourteenth Centuries. Basingstoke, Hampshire, UK: Macmillan Education, 1992. ISBN 0333462343
* Hare, Christopher. Courts & camps of the Italian renaissance. New York: Charles Scribner's Sons, 1908. LCCN 08-031670
* Laing, Lloyd and Jennifer Laing. Medieval Britain: The Age of Chivalry. New York: St. Martin's Press, 1996. ISBN 0312162782
* Oakeshott, Ewart. A Knight and his Horse, 2nd ed. Chester Springs, PA: Dufour Editions, 1998. ISBN 0802312977 LCCN 98-032049
* Robards, Brooks. The Medieval Knight at War. London: Tiger Books, 1997. ISBN 1855019191
* Shaw, William A. The Knights of England: A Complete Record from the Earliest Time. London: Central Chancery, 1906. (Republished Baltimore: Genealogical Publishing Co., 1970). ISBN 080630443X LCCN 74-129966
* Williams, Alan. "The Metallurgy of M

Um comentário:

  1. Eu , JUAREZ ( PANGO ) moro em Guarulhos SP , fico muito feliz com as festas de voces , se pudesse estaria aí , pois sou filho daí mas faz muito tempo que não vou aí , sou parente da maioria dos patrocinadores desta cavalgada como Zé de Bernadino,João de Ananias , Domingos de Doro e outros.
    abraços JUAREZ

    ResponderExcluir